Sem indígenas não há Amazônia

O Brasil anti-indígena de Bolsonaro avança com a missão de exterminar a floresta mais importante do mundo, a Amazônia. Nela, vivem povos como os Awá-Guajá: dos últimos caçadores-coletores, com formas de vida que regeneram a biodiversidade em lugar de liquidá-la, e um sistema de organização que os manteve a salvo da pandemia. Nos últimos dias, ao receberem um apoio incomum da companhia Vale S.A., deixaram seus territórios e hoje estão isolados, doentes, enlutados pela perda de um de seus membros mais queridos e pedindo uma assistência que não chega.

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As leis que funcionam mesmo

Impostos sobre bebidas açucaradas, rotulagem frontal, regulamentação da publicidade, melhoria dos ambientes de alimentação escolar e promoção do aleitamento materno e da atividade física. Não há nada para inventar. A resolução dessa questão tem um caminho claro e com evidências cada vez mais convincentes para mostrar que funciona: melhora as escolhas na gôndola, facilitando o acesso às informações que hoje são negadas pelas marcas.

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O manual do bom lobista

As marcas são as mesmas em toda a região. Na gôndola, elas competem para conquistar clientes e multiplicar oportunidades de consumo para seus produtos. Porém, para contrariar as políticas públicas que as afetam, elas trabalham juntas, ombro a ombro, e utilizam estratégias que aperfeiçoaram ao longo dos anos.

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A saúde sob ataque

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um grupo de doenças não infecciosas, de progressão lenta e longa duração. São a principal causa de morte no mundo, e seu tratamento é caro e crônico. Inclui, entre outros, alguns tipos de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares – 3,9 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa delas na América Latina. Um problema que teve um aumento de quase 30% em dez anos.

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Não existe uma porção adequada para produtos que podem causar câncer

A evidência publicada é esmagadora: a indústria de alimentos tem sido e é especialmente ativa no boicote às leis de rotulagem na América Latina. As estratégias utilizadas pelas marcas são instrumentais e discursivas: desde o financiamento de políticos e a apresentação de políticas alternativas até a deslegitimação dos profissionais de saúde e pesquisadores que apoiam as políticas públicas.

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